sexta-feira, 1 de maio de 2015

Tenha opções, meu filho.




Se eu tiver um filho, eis o primeiro conselho que darei a ele, assim que tiver idade suficiente para compreender conselhos: "Meu filho, tenha opções!"

Tenha opções porque quem as tem, deixa de ser figurante e passa a ser mais autor da própria vida.
Quem tem opções sabe que pode escolher, e não se acomodará com o que faz mal.
Quem tem opções, pensa, questiona, pesa as coisas e decide.
Quem tem opções é mais ativo e não apenas sofre influências do meio.
Tenha opções em sua profissão,
Opções no amor,
Opções de lugares e amigos.
Se o seu casamento não está bom, sempre tenha a opção de voltar pra casa dos seus pais,
Ou daquele velho amigo, ou more sozinho.
Se o seu emprego é ruim, porque não colocar em prática aquele velho sonho de ter seu próprio negócio?
Talvez haja um brilhante empreendedor em você, sufocado pelas pressões do cotidiano.
Partir para o plano B, não significa fugir, às vezes é somente a escolha mais acertada. O melhor a se fazer.

Não precisamos sofrer a vida inteira porque optamos mal de primeira. Sempre podemos retificar, anular a questão, partir pra outra.
Descubra suas opções, nós sempre a temos.
Mas não se acostume a viver mal, a viver com pouco, a viver mendigando qualquer coisa.
Sempre temos opções, sempre. Às vezes ficamos com a visão embaçada pela névoa de coisas ruins que nos acontecem, ou meio surdos com a gritaria do dia-a-dia, e até meio mudos porque falam demais e não nos dão espaço, mas sempre, sempre temos opções.

Só não volto atrás do meu pacto com a felicidade, o resto é opção.

Carta para o Amor


Perdoe-me, amor.
Sabes que estive tentando viver sem você, sem as fortes emoções que você me causou, sem as grandes mágoas que você me causou também.
Daí eu procurei ficar na sombra, andar no escuro, esquivar-me para que você não me encontrasse.
Eu fugi! Sim, reconheço, fui covarde!
Por temer, não fiz nada e, como consequência, nada aconteceu!

Mas hoje eu estou arrependida e assumo minhas falhas e medos!
Ouvi num filme a seguinte frase: " O corajoso pode não viver para sempre mas o cauteloso não vive plenamente". Isso me fez pensar sobre a vida, sobre as coisas que não aconteceram porque tive medo de fazê-las acontecer, sobre como poderia ter agido diferente, e me fez pensar em você, Amor.

Resolvi agora agir diferente! Ser nova.
" Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu"
E isto também me fez pensar! Porque eu quero realmente viver, viver tudo o que há para ser vivido.
Mas para isso é preciso coragem! E é por agora ter resolvido viver com coragem que lhe escrevo isso.

Diga ao Amor que a culpa foi sua, que já não quer mais príncipes vindos num cavalo de cor qualquer, nem princesas adormecidas à sua espera, nem quer mais ninguém idealizado. Diga ao Amor que agora você amadureceu, que agora está pronto
para alguém de verdade, de carne e osso, alguém falho e imperfeito assim como você é.

Diga ao Amor que você só estava como medo e, por isso disse aquelas coisas tolas todas sobre não querer sentir o Amor de novo, e não precisar dele...
Diga que você só não queria ficar só, e que lhe faltou paciência para esperar por ele, vivendo num mundo onde tudo é tão às pressas.

Peça perdão ao Amor, peça desculpas por ter feito pactos com a tristeza, com ilusões, com as coisas fáceis e findas. Diga ao Amor que você o quer de volta, que o aceita como ele é, assim meio louco, meio cegueta.

Diga, abra o coração, declare-se.
Ele é cego, mas não é surdo.
O Amor é bom, ele perdoa.
Diga que já não pode mais viver sem ele, que precisa dele, que nasceu para ele.
Diga. Diga que você é metade feito de amor, e sua outra metade também é.


" O corajoso pode não viver para sempre mas o cauteloso não vive plenamente"( Meg Cabot - Do filme: " O Diário da Princesa)

" Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu"
( Luís Fernando Veríssimo)

" Metade de mim é amor e a outra metade também". ( Oswaldo Montenegro)

sábado, 3 de novembro de 2012

Sem nome



É por causa dele que fico insone
esse bicho mau, bicho-homem
Que me compra, me empresta, 
me consome...
que me enche de fome
e depois, lá se vai... Some.
Sem rastros, sem pistas
Sem nome. 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Então TUDO é Bullying?



Quê mundo é esse, meu Pai? Onde isso vai parar?
Bullying! Bullying? É coisa séria, seríssima.
Segundo a revista Nova Escola, da Editora Abril,
"Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas,
feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas."
Vai além da violência física, sendo também uma violência ao psicológico.

A partir desse conceito, e conscientes da gravidade da situação,
pensemos só um pouquinho em outro aspecto.
Infelizmente, parecemos ter criado o péssimo hábito de fazer virar moda tudo o que há de ruim.
 E se já não bastassem as nossas mazelas nacionais, temos "importado" coisas que não prestam.

Uma dúvida que me aflige é: "Tudo agora então é bullying?"
Longe de mim querer parecer insensível agora ou menosprezar algo tão crítico como o Bullying real,
mas penso que, se tudo vai ser bullying agora, que gente mais fraca é essa que nos tornamos!
É tudo levado tão a sério. Meu Deus, na minha época, quem usava óculos era "quatro-olhos",
a magrinha era o " pau de virar tripa", o gordinho era o "balão de são joão", e eu, por exemplo
 ( Não espalhem isso), era a "formiguinha atômica" por ser baixinha.
Isso era bobo, era irritante às vezes, mas era só brincadeira,
e por ser brincadeira rimos todos hoje porque o "quatro-olhos" descobriu as lentes,
ou percebeu quantas cores e formatos diferentes de óculos
tornam o rosto mais bonito; as magrelas " estão vingadas" pois são as tops
e tornaram-se o padrão de beleza atual;
os gordinhos tem mil opções de dietas ou a opção de não fazer dieta alguma
desde que não descuidem da saúde;
e a baixinha... ah, a baixinha descobriu como os saltos são incríveis.
Repito, não quero diminuir a gravidade do Bullying.
Quando se é a piada, realmente, não tem graça ( Rimos amarelo só para disfarçar).
O bom é rir junto, e não ser o motivo do riso.
Mas, cadê o lado criança das crianças? Aquele lado desencanado, despreocupado,
aquele "fica de mal" e logo "fica de bem" no mesmo dia?
Gente, se tudo for tão sério assim, tão preto-no-branco-, tão à ferro e fogo,
que vida mais besta vai ser essa?
É falta de amor, só pode! Porque enquanto eu era a "formiguinha" da escola,
eu era a "gigante da casa". A "gracinha da mamãe".
O "tesouro do papai".
Tive apelido, fui zoada, passei cada vergonha!
E não tenho traumas, tenho apenas lembranças, umas boas, outras nem tão boas.
Lembro do trecho de Augusto Cury: " Muitos vivem apenas porque estão vivos...
Não sabem como lidar com suas fragilidades e lágrimas.
Sabem lidar com os aplausos, mas desesperam-se diante das vaias."

É preciso amor, só muito amor mesmo para colorir esse mundo que está tão feio.

( Torço para que o mundo não se ofenda com este adjetivo, fique revoltado e resolva explodir).

A Felicidade a nós pertence!


Felicidade é coisa nossa...
Sem perceber, colocamos a felicidade como algo fora de nós,
algo que depende de algo ou outros para acontecer." Serei feliz quando ganhar na loteria, quando encontrar um grande amor e tiver uma cabana nas ilhas gregas".
Sim, quem não ficaria bem contente se realizasse uma dessas proezas?
Mas se pensarmos que só seremos felizes quando esse tal desejo nosso acontecer,
teremos umas grande chance de nos tornarmos infelizes ( ou frustrados).
Quando dizemos algo do tipo: "Quando o Amor chegar eu vou ser feliz!",
estamos entregando a nossa felicidade nas mãos de um destino desconhecido, louco e imprevisível.
Além disso, agindo dessa forma, nos acomodamos com a suposição de que a felicidade não depende de nós, mas de alguma tal obra do acaso.
Sim, eu tenho algumas crenças sobre destino e acaso, mas apesar disso penso que a felicidade
é coisa nossa, que depende mais de nós mesmos do que de algum truque do desconhecido.
A Felicidade é uma conquista. E é diária. Sabe aquilo de " Colhemos o que plantamos"?
É exatamente o que penso. Então não adianta ficar inerte e esperar feijões mágicos brotarem sozinhos.
Plante boas sementes e terá bons frutos. A vida não pode semear o vazio.
Plante coisas boas, coisas positivas,
plante exatamente o que quer colher.
A vida é muito mais via de mão-dupla do que loteria, logo, a felicidade, creio eu,
não acontece como um sorteio, ela vem para aqueles que batalham por ela,
que lutam como verdadeiros guerreiros.
Felicidade não é algo passivo, imóvel, mas é algo reativo, dinâmico.
Não espere a felicidade bater à sua porta, pois quando (se) isso acontecer,
você pode estar velho(a) demais pata escutar as batidas. Vá hoje mesmo atrás da felicidade.
Isso mesmo, pode me deixar aqui escrevendo sozinha, ser feliz é mais importante. Coragem, leitor(a).
Vá lá se arriscar. Ouse, enfrente. Não tente chantagear a vida dizendo que você sempre foi pacato(a),
um bom moço ou uma boa moça que sempre esperou sua vez...
Quem foi que lhe disse que era para agir assim?
Se as coisas não tem dado certo, mude o rumo, mude a estratégia, mude.
Você não é pior do que ninguém, e merece a felicidade tanto quanto qualquer outra pessoa.
Não espere a felicidade vir como um brinde.
Vá, com coragem, batendo nas portas, gritando por ela...
Vá pelas ruas, assobiando seu nome...
Você vai encontrar a felicidade, e não como mero sorteado,
mas por ser digno dela.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A gente se acostuma...

A gente se acostuma a salvar a pele dos outros,
sem receber um "obrigada".
A gente se acostuma a saciar a vontade dos outros
e nem pensar em quais são mesmo as nossas vontades.
Se acostuma a sonhar o sonho dos nossos pais,
avós, amigos, amores, e a deixar que sonhem por nós.
Se acostuma a estar num constante segundo plano,
lembrado só quando convém aos outros.
A gente se acostuma a deixar que escolham por nós, 
a decidirem por nós, a viverem por nós.
Acostumamos a fingir que não vemos as coisas erradas.
Acostumamos a ser expectadores de nossa própria vida,
e a assistir inerte os "vilões" roubarem nosso final feliz.
Acostumamos a querer pouco para não ser visto como
ambicioso. A andar de cabeça baixa para não ser arrogante.
A não conferir o troco para não parecer precisado.
A ser sacaneado e fingir que não se importa. A ser apunhalado
e fingir que não dói. A sorrir amarelo quando a piada somos nós.
Nos acostumamos por termos medo de parecermos ridículos,
para não parecermos encrenqueiros, chatos que contestam e
questionam tudo. Nos anulamos, nos omitimos, porque fugir
é mais fácil. Ficamos lá, escondidinhos na falsa proteção da omissão,
da covardia, e caímos então nesta armadilha.
Porque para aqueles que não sabem escolher,
a vida dá poucas opções. 

 - Renata Brasil
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Inspirado na obra de Marina Colasanti, " Eu sei, mas não devia ".

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fria, eu?


 Fria, eu? Fria?
Só porque naquele dia
em que nem estava bem
não o deixei ir muito além?
Ah, mas corpo é coisa sagrada
Não posso ser bolinada
feito uma fruta de feira
checada se está madura
Prefiro manter minha postura
e agir, não com candura
mas pondo certo limite
 



 
 
Talvez isto não o excite
por estar mal-acostumado
a ter tudo muito dado
sem nem mesmo ter lutado
Eu que penso diferente
acho bem mais atraente
não mostrar já todo o corpo
mas exibir-se pouco a pouco
num convite a moda antiga



Eu sou fã da surpresa
e não deixo que apareça
o que não quero mostrar
Coisa exposta é muito fácil
perde a graça e o mistério
de num vestuário sério
ver surgir um corpo belo.



    Fria, eu? Nada disso.
Só não fiz do seu jeito
Quem sabe não foi você
que não aqueceu-me direito...