Bons tempos aqueles...
Às vezes eu penso que nasci no século errado.
Bons eram os tempos em que se jogava charme, os olhares por cima dos leques, o farfalhar das anáguas... Toda aquela sensualidade sem toda essa vulgaridade.
Sinto saudade do tempo em que se admirava mais a inteligência do que o tamanho da bunda; saudade do tempo em que amar não era sinônimo de fazer sexo; saudade do tempo em que se ouviam as boas músicas, com muito mais letra do que barulho.
Sinto saudade das refeições em família, do tempo em que se valorizava o cárater, das meias-calça e anáguas, dos leques e dos olhares furtivos, de buquês e serenatas na janela, dos bancos de praça, da bandinha passando, dos discos de vinil, do cós-alto.
Bons tempos em que nada era tão pronto, tão solto, tão fácil, tão previsível.
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