sexta-feira, 2 de julho de 2010

Viva la Revolución



Antigamente (nem tão antigamente assim), quando não tínhamos a "liberdade" de hoje, quando a censura reprimia severamente qualquer manifestação contrária aos interesses do governo, era aí que pintavam as caras, que saíam às ruas, que se armavam de palavras.
Justa e ironicamente quando não éramos livres, nós éramos livre; nem que fosse pelo fato de buscar a liberdade.
Hoje, quando a censura se faz de inexistente, quando temos um grande acervo de livros, autores, teorias, ideias e ideais, quê fazemos? Que novos Engels, Marx's, Webber's surgiram? Quê reformas fizemos? Que vozes se fizeram ouvir?
Há uma incrível inércia, regida por sem-fins de "nunca vai ser perfeito", de "é impossível fazer mudanças".
Será mesmo impossível mudar?A abolição dos escravos já não foi considerado impossível?
A integração feminina no mercado de trabalho já não foi?
Tantas mudanças que subestimavam, e aconteceram.
Mudanças sociais podem ocorrer de forma lenta, mas sempre acontecem, ininterruptamente.
Está lá a primeira folha da Constituição: " O poder emana do povo". E que poder seria esse?
A voz? O voto?
Os dois, fomentados pelo elemento principal: o CONHECIMENTO.
Não se luta por direitos que não se sabe ter. Conhecimento é poder, daí o motivo de tão pouco investimento na educação, de tão pouco interesse em nossos educadores.
Não traz vantagem alguma à classe dominante ver a massa adquirir conhecimento, desenvolver senso crítico, questionar, refletir, apurar.
Para eles está mais do que bom a nossa alienação, o nosso desinteresse pela política, pelos nossos direitos, a nossa "memória curta" na hora de votar, a nossa ânsia consumista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário